25 julho 2005

Domingos de Piquenique

Ah tarde de consolo, dia de lembranças, de risos e muito rio! Fomos todos, os que importavam e os que sempre foram, falámos de tudo com a mesma descontracção com que dantes pegávamos nas mochilas e lá íamos acampar.
Fazer a mala com tudo o que era suficiente para uma semana no campo, eram semanas a preparar os jogos, a preparar as pessoas, à espera do que iria acontecer. Era tão bom…
Todos os dias eram bons e até do dia dos pais eu sinto a falta. Os meus pais quando podiam, apareciam sempre por lá… com as tralhas dos piqueniques, o tradicional frango de churrasco, as garrafas de sumo industriais e as bolachas (normalmente biscoitos) que a mão dizia ao pai para “levar para a Gabi”…
Bateu-me tanta saudade, parecia ouvir o pessoal a dizer:”Chegaram os teus pais, Gááábbiiiiii!

Houve um acampamento em que fiz uma representação algo ridícula na tarde do dia dos pais, tudo em nome do entretenimento. Lembro-me de no final perguntar à minha mãe se ela tinha ficado chateada com aquelas tristes figuras. Sem me querer dar muita atenção, era sempre assim, disse-me:” Isso é tudo teatro e tu estavas a fazer o teu papel.” UFA! O meu receio era que tivesse feito uma figura demasiado parva em frente à mãe e que ela pudesse ter ficado chateada comigo por isso mesmo. Mas não, a paciência da mãe ia mais além do que o meu embaraço e fiquei com orgulho por ela ter dito aquilo. Era sinal que (se calhar) até tinha gostado do meu "teatro"! A mãe nunca foi muito expansiva e qualquer pequeno sinal de agrado era com o se me tivessem dado um prémio...

Tenho saudades desses tempos, de chegar a casa depois do acampamento, sem voz, suja em todas as partes do meu corpo e da mãe dizer:” Anda, vai-te lavar para comeres uma sopa e ires dormir!

Há lá coisa mais bonita de se ouvir!!

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