25 outubro 2004

É muita “exprimissão” numa capita só. O termo é meu e só meu, inventei-o possivelmente em noite de copos, "exprimida "como só eu, em companhias que não me lembro mas que posso adivinhar.
Desde o início da semana (coincidente ou não com a “Tchoica”) ando com uma infecção aguda e crónica de TPM, a qual no meu próprio léxico diz respeito a um mal de assoberbadas dimensões que designo por Tou Puss Men. Ando possuída da minha vida, com ou sem motivos, já que até agora pouco ou nada mudou, mas ando triste com ela e, pior do que isso, ela anda triste comigo e não quer reatar relacionamento…
Dizia-me alguém hoje que estar “esprimida” é sempre devido a algo, mesmo que não nos tenham batido, ou feito mal directamente, há sempre qualquer coisa para ficarmos assim. Qualquer coisa mais profunda consoante as vezes, algo marcante à tona dos sentidos e da pele, uma cicatriz mal curada, ou daquelas chatas que estão sempre a abrir.
No meio deste rol, tudo marca e contribui alegremente para eu poder estar “esprimida”. Avaliando bem, devo sofrer de diabetes, no que toca a curar feridas da alma. Demoro sempre demasiado tempo a curá-las, fico que tempos até que não restem marcas de qualquer tipo, ou até que já não doa tanto, sei lá.

Ando "esprimida" por isso e mais nada. Tudo se acumula e acaba por extravasar duma forma ou doutra. Às vezes, perante adversidades que me surgem dá-me para rir, outras dá-me para amuar, outras não me dá para nada e engulo tudo, tentando afastar os problemas do que é realmente principal e importante na minha vida. Quando esse mesmo principal e importante dá para o torto, aí fico na merda (ou como se diz no pais real), fico “fodida e mal paga”!(o diccionário do Word não reconhece “fodida”! Oh diabo, será que eles não conhecem o termo?)!

Mas eu tenho um plano! Tenho um plano que me durou 2 horas de precioso sono, o qual tanta falta me faz no trabalho. Tardo em dormir desde há uns tempos e dá-me para isso… O meu plano é relativamente simples. Vou ganhar muito dinheiro, ou rezar para que ele me caia do céu. É isso vou rezar para que o dinheiro me caia do céu, direitinho, em notas pequenas e prontas a usar.

( Pode acontecer! Já choveram gafanhotos e há santas de barro a chorar lágrimas de sangue! Pode acontecer!).

Assim deixo de trabalhar, o que me reduz chatices de emprego, aturar patrões/patroas, aturar funcionários e tudo e tudo e tudo. Posso pagar tudo o que devo a toda a gente, saindo-me assim um peso da consciência (assim com um peso da minha conta poupança, de si inexistente no significado da modalidade de conta!...) Não tenho que depender de ninguém para viver, posso fazer o que quero e bem entendo da minha santa vidinha, sem que ninguém possa opinar por este ou por aquele outro motivo! (se bem que já funciona mais ou menos assim, com mais ou menos condicionantes…)
Posso-me dar ao luxo de viajar quando bem me apetecer e ficar o tempo que a roupa durar e, se não durar muito e o destino for aprazível para permanecer, compro mais e mais. Eu sei lá! Um sem fim de coisas de luxo que só com dinheiro poderei vir a fazer… Mal este me caia do céu e eu o consiga juntar todinho!

Vou rezar, mas vou rezar mesmo muito e se deixar de blogar por tempos sem fim, é porque choveram gafanhotos, mais um santa chorou lágrimas de sangue e, aqui a Tia-Da-França, ficou rica graças aos céus!!