Ontem ouvi coisas bonitas e fiquei algo mais feliz no meio disto tudo.
Adormeci a pensar como a Ana, um voraz apetite em querer estar novamente com “O coração ali à mão,/ os pulmões ali ao pé/ver como a mãe é!/ Do lado que não se vê...” e infelizmente não se lembra. Interrogo-me como seria estar lá dentro e rogo pragas à porcaria da memória, selectiva por defeito, castradora quando mais a queremos viva.
É uma música linda que ouvi em jeito de confidência, melodicamente pueril e por isso tão bela. As coisas lindas são mesmo assim, sempre imberbes e simples demais para me alongar a descreve-las ou a dissertar sobre elas.
Hoje só queria dizer que estou feliz e que quero exactamente o que a Ana Quer…
3 comentários:
Ok, já vi que ninguém percebe o que a Ana Quer... Trata-se duma música que fala duma menina chamada Ana cujo maior desejo e objectivo na vida é voltar para a barriga da mãe.
Percebido, agora??
eu entendi o que a ana quer, e sim, esta musica cantada como confidência ocorre-me muitas vezes, de tão bonita e aconchegante, como a historia dos abraços e os braços que nao chegam. já nao me lembro da letra da ana, é preciso um cancioneiro, nunca se sabe quando vai ser preciso saber cantá-la para aquietar o coracão.
Eu ás vezes tenho crises de choro. Quero voltar a ser pequenina, quero voltar a estar no colo de minha mãe. Aliás muitas vezes tinha e tenho as crises ao colo dela. E Ela, a grande a minha mãe, mesmo a abanar a cabeça ampara-me e ouve o meu choro. Ela é mãe, mesmo que ache uma parvoice tem de estar lá coitada. Mesmo sem perceber, da-me festinhas e diz isso passa filha... tão bom... tão bom...é uma sensação assustadora a de querer voltar pra trás no tempo e não poder, e ser impossível..."que parvinha minha filha"... "que cobardolas" Tens razão minha mãe, mas sabe tão bem este colo...
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