16 novembro 2005


Sinto-me cada vez melhor profissional a cada dia que passa!

Com o peso das horas de serviço em cima, quase como as horas de voo dos pilotos, aumenta a convicção de estar a fazer um bom trabalho, de forma eficaz e eficiente, conseguindo desempenhos seguros e convictos, quase inabalável na forma de agir e irrepreensível enquanto parte dum objectivo maior.

Com todo este esforço, apercebi-me que cada vez minto melhor.
Atento mais nos pormenores dos embustes que diariamente tenho que criar; melhorando também a minha técnica teatral enquanto o faço. Já digo as coisas como se realmente fossem verdade e, apesar de não o parecer, domino na íntegra a tão meticulosa arte de mentir ao telefone.

Ao passo que enganar cara-a-cara, (apesar de requerer algum talento) poder ser considerado tarefa simples, ao telefone tal propósito já exige outra preparação. No contacto visual facilmente se criam distracções tanto com as mãos como com a cara, que desviam a atenção de quem nos ouve das palavras que não fazem qualquer sentido, quando ditas naquele contexto.

Não dizer a verdade ao telefone exige mais de quem ludibria: há a voz que não pode sequer tremer, a boca que ao articular as palavras não pode hesitar, os silêncios enquanto se finge procurar algo no computador, o trautear enquanto se procura algo no “sistema” que exige a concentração que não temos, o pousar o telefone para ir buscar uma capa (quando na realidade só se mexe na porta do armário), enfim quem nunca o fez? Que atire o primeiro Post-It!

Faço-o diariamente e também já minto com convicção,acreditando que ao fim ao cabo, uma mentira dita convictamente é uma verdade. Quem nos está a ouvir acredita no que lhe dizemos, aceitando-o sem o questionar. Ora pois muito bem, em que é que acreditamos sem questionar?
Acreditamos na verdade!!

É tudo um ponto de vista e graças a mim, consigo fazê-lo cada vez melhor!

2 comentários:

Anónimo disse...

KORROR!
KIORROR!!!

será que me mentes também quando me dizes:...amor...

pinoquina
pinapinapinaquina

Anónimo disse...

bla