Não posso deixar de me indignar! Li na revista Única (a única que a minha ex-sra-da-limpeza fez o favor de deitar fora) que o mito urbano que corre por aí, afinal vem-se a saber que não é mito.
Assusta...
Imaginem que afinal sempre há um carro azul que aterroriza os namorados mais audazes que vão até ao spot mais recôndito, trocar carícias e "ais-jesuses"de vontade. Daqueles sociopatas com máscaras e instrumentos acutilantes. Medonho...
Não se trata disso...
Trata-se sim daqueles contentores que encontramos à porta de hipermercados, onde podemos ler "O povo Português ajuda África". É daquelas frases que nos faz pensar que só de a ler já estamos a fazer qualquer coisa. Com trapos milagrosos, que nos nossos guarda-fatos só estorvam, cumprimos o nosso papel na salvação dum povo longínquo, que não soube aproveitar a riqueza deixada por este país irmão.
Se redobrarmos a atenção a maior parte deles tem a frase "ajuda ao desenvolvimento" colada abaixo das letras garrafais que nos confortam a consciência. Pois bem, é da venda dessa mesma roupa que estas organizações de ajuda ao desenvolvimento, sobrevivem e prosperam, treinando voluntários para angariar ainda mais fundos, em países carenciados onde uma camisola meio coçada ainda rende uns dólares.
Estupefacta pela descoberta, investiguei um pouco mais e comprovo-o em diversos artigos espalhados pela internet, sobre organizações como a Tvind, cujo fundador mantém forte amizade
com esse grande ícone do princípio socialista (foi marxista de criação) Robert Mugabe. Aquilo é mesmo tudo grande negócio e os responsáveis de organizações como Humana People-to-the-People já vieram para a rua defender-se e dissociar-se da escola de Amdi Petersen como poderão ver consultando o Expresso online. Negócios duvidosos de uma mão lava a outra, onde o dinheiro nunca chega na totalidade a quem precisa.
Dizem os responsáveis que a venda da roupa é imprescindível na recolha de fundos para ajudar os povos carenciados, mas é aos povos carenciados que é pedido o investimento inicial. No mínimo estranho. Atrevo-me a chamá-lo de podre.
É podre...
14 outubro 2007
07 outubro 2007
De tanta música que tenho ouvido continuo, volvidas horas de audição, com quase metade inda por ouvir, catalogar, pesquisar algo mais na web e procurar ouvir outras obras.
Continuo com horas pela frente que não me permitirão repetir albuns dos quais gostei mais, colocar em modo repeat aquele som mais marcante, muito menos ouvir a música com a letra da mesma à frente.
Lembro-me como dantes cada cd era objecto de investigação para durar um bom par de semanas e aqueles livrinhos interiores rapidamente se viam gastos de tanto serem manuseados, virados, desdobrados, só para que cada parte dos versos ficasse gravada nos sentidos.
Não obstante a quantidade, assusta-me a qualidade de música que por aí anda e que não conheço, nem terei oportunidade de saborear adequadamente. Porra! Cada vez que oiço um progama como o M da Mónica Mendes (em podcast http://multimedia.rtp.pt/index.php?rcanal=3) , em que realmente nos é dado um cheirinho do que por aí há bastanto para isso copiar a playlist disponível no blog.
Imagino a quantidade de horas que o dia teria que ter a mais para, mesmo assim, conseguir dormir um par de horas, caso fosse a procurar tudo o que vou descobrindo aqui e ali.
Começa a ser impossível conhecer tanta coisa e gostar dum músico,passa por gostar do que se ouviu (assim muito na diagonal, um bocado com aqueles artigos chatos que aparecem no jornal).
Bom, vamos acompanhando pouco a pouco na esperança que se vai conhecendo ao menos um bocadinho.
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